.Longe estava eu de saber como iria ser o meu futuro depois daquela tarde quente de Julho de 2000.
.Havia passado o primeiro ano da faculdade com a minha avó em sua casa, mas por “incompatibilidade de rotinas”, chegamos à conclusão que seria melhor para ambos se procurasse outro sítio para viver... O problema era que nesse primeiro ano muito pouco me havia inserido nos meandros da faculdade, do meio académico e estudantil, tendo poucas perspectivas de conhecer alguém com quem pudesse dividir um espaço ou um apartamento onde residissem estudantes e onde me pudesse encaixar. Haveria de ser na base da descoberta casual que iria ter que resolver a minha situação de habitação. Se socialmente e pessoalmente aquele primeiro ano havia sido duro e mau para mim, já academicamente, foi de longe o melhor. Isso acabou precisamente por ser o problema do menino da praia e dos espaços abertos, que se propunha agora a fazer uma licenciatura numa cidade que pensava conhecer e dominar, mas da qual, além da família, não tinha apoio, nem conhecimento nenhum…
.Com alguma naturalidade procurei uma das poucas pessoas com quem tinha afinidade e desenvolvido confiança no primeiro ano da faculdade. O já finalista do curso de direito, meu amigo Ruben. Era Julho, e eu como qualquer bom aluno que se preze estava já resolvido e de férias, com boas notas e livre da época de Setembro. Sonhava apenas com o regresso à base onde descomprimiria como nos bons velhos tempos… Havia apenas que deixar o assunto da casa resolvido. Não fosse depois em Setembro ser tarde demais!
.Penso que houve uma ou duas abordagens prévias, mas quando lhe liguei a focar mais objectivamente a necessidade de casa, respondeu-me ao telefone de forma convicta “pá, conheço o sítio ideal para ti!” , “olha, sabes o que é uma República?”, ao que respondi “uma República?!?”, “pronto, sábado à tarde, às tantas horas encontramo-nos na Universidade e vamos aí ver casa para ti”, disse-me ele. Levei os dias que intervalavam até sábado a pensar para mim: “que raio será esse sítio de que ele me falou?”; “deverei confiar no seu julgamento?”, “conhecer-me-á ele assim tão bem para saber o que é um sítio bom para mim?”.
.Nesse quente e abafado sábado citadino encontro-me com o Ruben à hora combinada. Estou ansioso e pergunto algo do género “então onde me levas?”, “já verás”, respondeu. Não tardou a percorrermos a Avenida Rodrigues de Freitas que divide a maior parte da distância entre a Universidade Moderna na Batalha e a Real República dos Lys.o.s. na Rua António Granjo, nas costas do Liceu Alexandre Herculano.
.Deparo-me com uma casa velha, à semelhança das restantes na rua, com dois andares e aspecto pitoresco. A bandeira preta com um símbolo que não consigo descortinar, os tachos e panelas pendurados por cima da porta, dão sem dúvida, um aspecto singular àquela casa! Ao batermos à porta (insistentemente) por um batente antigo, eis que aparece numa janela do segundo andar um sujeito cumprimentando efusivamente quem lá vinha. Sem demoras, atirou uma chave e convidou o seu amigo Ruben a abrir a porta e subir. Não me apercebo de pormenores, mas apercebo-me à medida que vou subindo a escadaria, que a casa está escura, algo sombria, vazia e silenciosa. Chegamos ao quarto onde estava o Marco. Estudava, também ele em época de exames. Parecia compenetrado e concentrado. Por essa altura caminhava a passos largos para a conclusão do curso de direito. Apesar de ter sido apresentado pelo Ruben como o tal possível candidato a viver na casa, começamos por conversar sobre diversos temas e por nos apresentarmos em amena cavaqueira. Constatei que com ele partilhava gostos e formas de pensar e ver o mundo ao nosso redor. Após me ter elucidado sobre o funcionamento de uma República em termos gerais e me ter mostrado a casa, devo admitir que senti uma atracão imediata por aquele sítio! À pergunta: “então e onde está o resto da malta?” “Foram estudar para a praia…” , respondeu-me ele!
.De facto era sombria, velha, húmida e com muito poucos luxos. Mas era mesmo daquilo que eu estava a precisar. Ao pressentir espírito de união, poder de adaptação e boa disposição, soube que ali me daria bem!
.Em tempos, o recrutamento da República era feito de forma directa. Isto é, entrava sempre o conhecido do Republico ou o amigo do amigo do Republico. Hoje, a cidade cresceu, as faculdades multiplicaram-se e o poder de compra aumentou exponencialmente fazendo com que uma República no Porto seja, não só uma ilha longínqua, como também um local não tão atractivo e vantajoso como outrora. Ou assim pensará a maioria. Na verdade, o recrutamento hoje em dia faz-se, muitas vezes de forma indirecta. Recorrendo a cartazes ou anúncios ou buscando o amigo do amigo do amigo… De qualquer forma, mesmo vindo pela mão de um amigo da casa, pedia-se, para que quem entra e quem lá está se conheça e se possam tirar primeiras ideias e conclusões de ambas as partes, que eu fosse aparecendo, dentro do possível, até à data do meu ingresso na República, no início do ano lectivo seguinte, em Outubro. Assim fiz, e por duas ou três ocasiões ainda em Julho, antes de descer até ao Reino dos Algarves, apareci para confraternizar. Apanhei sempre a malta em ambientes lúdicos e de diversão, muito longe de um ambiente de sala de estudo! Mas a verdade é que tal como eu, a maioria dos que com quem tive o prazer de partilhar a casa, terminaram os seus cursos. Provando que a taxa de sucesso escolar numa República é positiva, senão elevada.
Foto 1 - Da esq. para a direita: Marco e Micael. Ambos licenciados em direito, são duas referências da República dos Lysos. Para mim, dos melhores amigos que tenho. Sempre presentes e leais.
A Constatação…
.Foi um início intenso e atribulado. Entrei na casa em Outubro de 2000 aos 21 anos. Integrei um grupo de oito Repúblicos com uma média de idades substancialmente superior. Muitos já em fases avançadas dos seus cursos, outros, numa fase da vida que adivinhava a saída da casa. Falavam-me em passado, presente e futuro mas eu, apenas vislumbrava um presente bem presente! Entrei a 200 à hora. Intensamente vivi festas académicas, noites ribeirinhas, actividades extra-curriculares e um dia-a-dia descontraído. Falavam-me em regras e vivência em comum. Aí, cumpria com as minhas responsabilidades com naturalidade. Integrei-me bem no grupo e ocupei o meu espaço. Falavam-me, por outro lado, em responsabilidade de ser Republico. De ser LYSO. E aí, por mais experiência de vida que tivesse adquirido até então, não conseguia compreender de que me falavam eles. Percebi, com o tempo (muito tempo) que era uma amizade especial. Forte e incorruptível. Ligando um grande número de pessoas, formando quase uma irmandade.
.No primeiro Centenário que vivi nos Lysos, um mês e meio depois de lá habitar, tive a primeira impressão de onde estava, e constituiu o primeiro passo na formação da minha identidade Lysa. Com a preparação da festa antevi a recepção não só a bastantes pessoas, mas também a pessoas por quem se tinha respeito e a quem se desejava agradar. Por essa altura, todas as histórias e episódios que me iam contando eram-no precocemente, pois teria que os viver na primeira pessoa para os entender verdadeiramente. Nasceu em mim curiosidade e vontade de conhecer tal família!
.E vivi-os. As histórias, essas permanecerão para sempre comigo e com quem as vivi. Foram muitas, intensas e engrandecedoras. Quiçá seja eu narrador incapaz de ao converter tais histórias em palavras, mostrar o quão significante e valiosas foram elas para mim…
.Ao fim de 6 meses na casa os meus contemporâneos acharam ser tempo de acabar um período experimental, necessário a que toda a gente se conheça e se enquadre, e votaram-me Republico. Pouco mudou no meu comportamento a partir desse dia, mas passei a ser um Lyso! Finalmente a responsabilidade de que muito me haviam falado começou a dirigir-se a mim também. Inconsciente e involuntariamente fui-me imbuindo no espírito da República. Fui conhecendo cada vez mais Repúblicos de outros tempos, amigos de Repúblicos, e a gestão da casa começou a passar também, mais directamente, por mim. Quanto mais me envolvia mais me queria envolver. Aquela casa, aquela instituição, aquelas pessoas, aquele passado e a consequente projecção de um futuro, passaram a fazer parte de mim.
.Uma República é uma instituição distinta de todas as outras que albergam estudantes na medida que não obedece a qualquer regra ou padrão exterior a si própria. Funciona na base da auto-gestão e do auto-financiamento. Em última instância poderá sempre sujeitar-se às vontades de um senhorio do respectivo imóvel. A magna excepção, como no caso dos Lysos, é o imóvel ser propriedade da própria República, dando por um lado, uma infinita liberdade de acção, e por outro, um acréscimo de responsabilidade a quem nela vive.
.Nos 5 anos de permanência nos Lysos amadureci como Homem de forma que dificilmente aconteceria num outro sítio qualquer. A distância de 500km para a minha casa e o meio que bem conhecia fizeram-me estar só, projectando e efectivando uma família nas pessoas com quem vivia. Numa casa com lugar para doze, conheci inúmeras pessoas de quadrantes diferentes. Estratos sociais distintos e localizações geográficas diversas. Com essas pessoas ganhei o passaporte para visitar e conhecer o Minho, Trás-os-Montes, a Beira Alta. Fui obrigado a partilhar. Não só casa e espaço, mas principalmente diferenças, vidas, obrigações, emoções… Aprendi a cozinhar, a pagar contas, a fazer compras, a cuidar de roupa, a limpar, a pintar, a engendrar soluções onde antes só veria um problema. Formei-me lado a lado com quem veio a formar-se advogado, engenheiro, gestor, professor, padre. Tal convívio não tem preço. Ainda que sem luxos ou belezas estéticas, por 11 contos/mês tinha, quando entrei em 2000, direito a cama, telefone, tv cabo, água, luz, usufruto da casa toda, empregada para limpeza das áreas comuns, sendo que, mais tarde vim ainda a usufruir de computador e internet. Saí em 2005 a pagar 80euros. Haverá alojamento com tais condições por estes preços? Não me parece.
.Aqueles 5 anos foram, sem dúvida, os mais preenchidos da minha vida. Ali consegui ser feliz e fazer verdadeiras amizades. A intensidade do contacto promovido por tal convívio dá, a quem por ela passa, uma experiência rara nos dias cheios de impessoalidade, desumanos e insensíveis que se vivem nas nossas sociedades de hoje. Dá o companheirismo, a amizade, a verdadeira amizade.
Foto 2 - Eu e o Capela. Em 2005, de pé partido e com a saída da casa à espreita, fui, um Domingo, com o Micael, ver a conclusão das recentes obras realizadas nas paróquias do Capela, no concelho de Penafiel.
Foto 3 - Da dir. para a esq: Mor Augusto, Melo e Arménio. Três fundadores da RR dos Lysos em almoço de convívio de Centenário. Centenário porque, numa República, um ano vale por cem! Que o digam os Repúblicos.
O Adeus…
.Por tudo isso o adeus foi penoso. Foi difícil sair. Apesar de me considerar sensível e emotivo em algumas situações, outras há em que me consigo portar de forma distante e absorta. Talvez como mecanismo de defesa…face ao sofrimento da perda eminente.
.Assim, não foi com lágrimas que me despedi, mas naquele 24 de Dezembro de 2005 um vazio enorme ficou no meu coração. Havia subido para o Porto dias antes com o carro da minha mãe, pois agora, 5 anos depois seria impossível fazer-me transportar com tantos pertences acumulados se não fosse de carro. Enchi o carro até não dar mais. Não olhei para trás. Esses dias foram passados de forma evasiva como que me forçando a não me compenetrar no passo que estava para ser dado. Só não deixei de olhar para trás ao César. Dos que, com quem me iniciei na casa, foi o único a estar presente. Com os demais residentes da altura, ainda não tinha, por serem recentes, um grande laço afectivo. Aquele abraço fraterno, jamais esquecerei. Já não vivia na casa, mas veio para se despedir de mim.
.A verdade é que não havia conseguido definir um plano para o futuro e agora, partia rumo a um completo desconhecido. Por nada certo ter em mão, era hora de regressar à base e daí começar de novo.
.Penso que relativamente à vivência passada numa República, qualquer um que a deixe, e que nela tenha deixado muito de si, reflecte, no momento da saída, sobre duas questões fundamentais. O saudosismo, as experiências vividas, o que ficou e jamais voltará… E o próprio futuro da casa na sua ausência. Quem fica, quem virá, o que acontecerá a algo de tão lindo e especial que não é só um tecto…
.Tudo isto me assaltou no momento de sair. Claro que a razão nos diz que se não tens trabalho ou casa, o terás, que o passado ficará guardado com quem, e por quem o partilhaste, que a casa em si se aguentará, que outros virão… Mas no coração dói.
.Deixei a República dos Lysos diferente do que a encontrei. Doutra forma não poderia ser. Melhoraram-se infra-estruturas, equilibraram-se contas, reactivaram-se laços desatados, e iniciou-se um importante processo de actualização e reorganização burocrática. Cresci como homem, não desiludi nem traí o amigo, não falhei como pessoa.
.Mais Homem, engrandecido, de cabeça erguida e de consciência tranquila, foi como saí da Real República dos Lys.o.s.!
Foto 4 - Festa de São João na República. Por alturas das festividades da cidade do Porto, é já da praxe o convívio entre Repúblicos e amigos da casa.
Ser Lyso!
.Ser Lyso é ser grande, é ser maior, é saber dar e receber, dividir para compartilhar, ter o coração cheio de sentimentos puros e positivos. Ser leal, fiel e irmão. Quem assim não for, ou por infortúnio das circunstâncias ou, por incapacidade pessoal, não se poderá considerar um verdadeiro Lyso. Um verdadeiro Republico!
.Ser Lyso é, por mais tempo que se esteja afastado de um outro Lyso, sentir uma proximidade tal, que desmorona qualquer noção de tempo entretanto passado. É saber que se pode sempre contar com mais alguém, é estar-se sempre pronto para mais alguém.
.É continuar aberto a novas experiências e vivências em todas as áreas da vida. Munido de um espírito aberto, saído reforçado pela experiência Lysa. É persistir na crença da amizade genuína, fruto do exemplo vivido no seio dos Lysos. É lutar pela sinceridade e frontalidade, pois tal foi a forma que vivi e vi viver na República dos Lysos.
.Após sofrer o acidente, e me ver internado em Lisboa, primeiro no Hospital São José, depois em Alcoitão, não foi surpresa total ver os Lysos da zona de Lisboa, de gerações anteriores, entrarem-me pela enfermaria com palavras de conforto e amizade. O que foi surpreendente foi ver como o fizeram. De forma persistente e sincera. Deram-me um sentimento de pertença enorme. Deram-me carinho e amizade. Desde a primeira visita do Álvaro, às úteis e pertinentes lembranças do Augusto e do Kim Carvalho, às conversas com a Gisela, com a Fernanda, às visitas do Rosa e da Gilda, do Vítor, do Zé Manel, do Melo, do Donas, do Sakelarides, do Antero, do Fadista, aos almoços Lysos na Ordem dos Engenheiros… Tudo me ajudou. Fez-me sentir protegido. E essa sensação era verdadeira. A cada solicitação de ajuda, ela aparecia prontamente. A principio, na minha cabeça uma dúvida persistia em fermentar: “porquê?, porque vem esta gente tão sinceramente partilhar o meu sofrimento?” A resposta foi surgindo… “Porque somos Lysos!”
.Ser Lyso é não ter participado no famoso desaparecimento da bola de queijo do Repúblico Paulo “Batata” e, mesmo assim, ter sofrido represálias pelo facto. É ter sobrevivido a intensos ataques de “aligators” em festivais com os Repúblicos Marco e Bruno. É ter vivido alegres e longas noites. Participado em amenas dissertações sobre os mais variados temas com o Evélio, com o Jesus… Foi, em desespero, precisar da ajuda do Repúblico César, e tê-la. É ter dividido quarto com o Padre Capela. É ter incentivado e espicaçado o Repúblico Micael, o Repúblico Hugo Martins. Foram as sessões de “Play” com o Repúblico Pedro e os demais perdedores. Eram as conversas espirituais com o Repúblico Paulo Magalhães. Politico-filosóficas com o Ivo. Momentos de pausa e lazer num café com o Alberto. Os devaneios nocturnos com o Tino. É ter participado em fartos e divertidos jantares comunitários. É ter rido até não poder mais naquela sala de convívio que serve de plataforma giratória para todas as acções dos Repúblicos Residentes. Era acordar com o quarto invadido por quem procurava divertimento. Foram as reuniões de casa com o sempre (des)atento e (im)pertinente Rogão! Ah! E quando este último resolveu apagar o fogo que se vivia no quarto do “agente Batata” e do Padre Capela?! Parecia que ali havia nevado!
.Após pouco mais de um ano internado, sentia interesse e confiança suficientes para ir do Algarve ao Porto participar em mais um Centenário da República. Acaso do destino, sei com algumas semanas de antecedência que, se iria realizar na mesma data, em Albufeira, um evento de solidariedade a mim induzido. No âmbito de um passeio de cicloturismo, seguido de almoço, a causa solidária ganharia mais uma vez forma. Dirigida a mim, pareceu-me desde logo que saberia a desrespeito e ingratidão, a falta de comparência ao evento, sob o pretexto da presença numa festa no Porto. Dentro de todas as condicionantes a que me submeto, pensei ainda fazer a viagem de carro. Mas não só seria apertadíssimo em termos de tempo, uma vez que domingo teria que estar no Algarve, como seria algo desgastante. Foi aí que, com insistência e contundência, apareceu o espírito Lyso. Dias antes do dito fim-de-semana, ao contactar o Kim Carvalho, este pergunta-me como estavam os planos para o Centenário. Ao ver que vacilo e não tenho grandes ideias sobre como estar em dois lados ao mesmo tempo, propõe-me a solução. Arranjar-me-ia bilhete de ida e volta, de avião, para sexta e domingo, respectivamente. Graças a ele marquei presença no 49º Centenário da República dos Lysos. Foi cansativo e curto, mas valeu a pena. E no domingo, 16 de Novembro, cansado e sonolento, ainda agradeci a todos os presentes no almoço de confraternização e convívio dos cicloturistas.
.Ser Lyso é tudo isto e muito mais... Agradeço aos Lysos por me terem acolhido e me terem ajudado a transformar-me num deles. E agradeço ao Ruben, que afinal sabia o que era o melhor para mim!
3 comentários:
Querido Pedro
Acabo de ler toda a informação que inseriste no teu "blogue".
Estou perplexa!
Quando vemos alguém que, por ser filho da irmã, é para nós um menino (no subconsciente das mães os filhos são sempre meninos por muito crescidos que sejam!...), fazer depoimentos que, a um tempo são tão sérios e tão tristes, tão eloquentes e tão poéticos, tão cheios de força e tão duros, tão belos e tão grandiosos, ficamos sem palavras!
E de repente, percebemos!
O nosso "Pedrinha" é um HOMEM!
Mas é que é mesmo um HOMEM, é mesmo um CIDADÃO em toda a sua plenitude!
Muitos sentimentos me pareceram povoar os teus depoimentos, mas creio que, se bem te interpretei, há um que denota sensatez e inteligência no enfrentar do futuro: o pragmatismo!
Ele é necessário para qualquer pessoa neste "mundo cão" em que vivemos e, portanto, por maioria de razão para quem passa uma fase (não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe!...)que é seguramente difícil!
Mas o formidável na vida é resolver as questões dificéis! Os que as resolvem é que são especiais! As fáceis todos resolvem, as dificéis só alguns! Os eleitos?!! Vou mais longe: os determinados! Os inteligentes! Ah! E os pragmáticos!
Muito poderia dizer, mas também não te quero saturar. E além disso, se disser agora tudo, não tenho desculpa para te "falar" noutras ocasiões.
Não sei se já te disse, mas gosto muito de ti! Admiro-te muito e cada vez mais!...
Viva primo, serve este post para colocar a seguinte frase, no t/blog:
«QUEM VIVE PARA SÍ, POUCO VIVE»
cit. Albert Camus.
Pois, gosto da frase, penso que é positiva e, como tal é assim que eu te conheço !
Ab.
Boa tarde,
somos alunas do Curso de Jornalismo e Ciências da Comunicação da Faculdade de Letras da Universidade do Porto e estamos a realizar uma reportagem sobre as repúblicas univcersitárias.
Precisamos, portanto, de depoimentos e de uma visita à Real República dos Lysos.
Ao encontrar este blogue, ficámos não só interessadas em entrevistá-lo, mas também com esperança que nos consiga ajudar.
Assim que puder, pedimos que responda ao comentário.
Atentamente,
Rita Duarte
Mariana Catarino
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